quinta-feira, 30 de julho de 2009

CECÍLIA MEIRELES

"A VIDA só é possível
reinventada. "
***
"Jogai para longe os vossos sapatos com a poeira de tanto andar, e os vossos lenços com lágrimas de tanto adeus."

Hoje eu quero falar sobre esta grande e admirável mulher, que tanto nos enriquece com as suas prosas e poesias, e que desde sempre fez parte da minha vida.

O meu primeiro contato com a obra de Cecília Meireles foi aos 9 anos de idade, ao ser presenteada pelo meu pai com os dois volumes de "Quadrante", livros que reuniam crônicas dos nossos melhores poetas e cronistas contemporâneos.

Há uns quatro anos atrás, tive a grata surpresa de encontrar nas estantes da Livraria São José, sebo tradicional da cidade do Rio de Janeiro, os dois exemplares da obra. Não titubeei em comprá-los e presenteá-los aos meus filhos. Afinal, estava diante de um tesouro de duplo valor afetivo para mim, que merecia tal resgate.

Primeiramente por remeter-me aos tempos de menina e a lembrança carinhosa do meu querido pai, que tanta influência teve na minha formação e no meu gosto pela literatura.

Em segundo lugar, por ter sido por intermédio dos mesmos, que fui apresentada a nomes não menos estimáveis e da importância de Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Dinah Silveira de Queiroz, Rubem Braga, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos e da própria Cecília Meireles.

CECÍLIA POR CECÍLIA

"Nasci aqui mesmo no Rio de Janeiro, três meses depois da morte de meu pai, e perdi minha mãe antes dos três anos. Essas e outras mortes ocorridas na família acarretaram muitos contratempos materiais, mas, ao mesmo tempo, me deram, desde pequenina, uma tal intimidade com a Morte que docemente aprendi essas relações entre o Efêmero e o Eterno.

(...) Em toda a vida, nunca me esforcei por ganhar nem me espantei por perder. A noção ou o sentimento da transitoriedade de tudo é o fundamento mesmo da minha personalidade.

(...) Minha infância de menina sozinha deu-me duas coisas que parecem negativas, e foram sempre positivas para mim: silêncio e solidão. Essa foi sempre a área de minha vida. Área mágica, onde os caleidoscópios inventaram fabulosos mundos geométricos, onde os relógios revelaram o segredo do seu mecanismo, e as bonecas o jogo do seu olhar. Mais tarde foi nessa área que os livros se abriram, e deixaram sair suas realidades e seus sonhos, em combinação tão harmoniosa que até hoje não compreendo como se possa estabelecer uma separação entre esses dois tempos de vida, unidos como os fios de um pano."

Um pouco da biografia de Cecília:

Cecília Meireles nasceu em 1901, no Rio de Janeiro e faleceu em 1964, também no Rio de Janeiro. Foi poeta, professora, jornalista e cronista.

No período de 1919 a 1927, colaborou nas revistas Árvore Nova, Terra de Sol e Festa. Fundou a primeira biblioteca infantil do Brasil.

Lecionou na Univerdade do Distrito Federal em 1936 e na Universidade do Texas em 1940.

Trabalhou no Departamento de Imprensa e Propaganda no governo de Getúlio Vargas, dirigindo a revista Travel in Brazil (1936).

É considerada por muitos como uma das maiores poetisas da Língua Portuguesa.

Em 1993 foi atribuído o Prémio Camões a Cecília Meireles.

***
LUA ADVERSA

Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha

Fases que vão e que vêm,
no secreto calendário
que que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.

E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases, como a lua...)

No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu...

***

O ÚLTIMO ANDAR
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No último andar é mais bonito:
do último andar se vê o mar.
É lá que eu quero morar.
.
O último andar é muito longe:
custa-se muito a chegar.
Mas é lá que eu quero morar.
.
Todo o céu fica a noite inteira sobre o último andar.
É lá que eu quero morar.
.
Quando faz lua, no terraço fica todo o luar.
É lá que eu quero morar.
.
Os passarinhos lá se escondem, para ninguém os maltratar:
no último andar.
.
De lá se avista o mundo inteiro:
tudo parece perto, no ar.
É lá que eu quero morar
no último andar.
***
SUGESTÃO
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Sede assim – qualquer coisa
serena, isenta, fiel.
.
Flor que se cumpre,
sem pergunta.
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Onda que se esforça,
por exercício desinteressado.
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Lua que envolve igualmente
os noivos abraçados
e os soldados já frios.
.
Também como este ar da noite:
sussurrante de silêncios,
cheio de nascimentos e pétalas.
.
Igual à pedra detida,
sustentando seu demorado destino.
E à nuvem, leve e bela,
vivendo de nunca chegar a ser.
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À cigarra, queimando-se em música,
ao camelo que mastiga sua longa solidão,
ao pássaro que procura o fim do mundo,
ao boi que vai com inocência para a morte.
.
Sede assim qualquer coisa
serena, isenta, fiel.
.
Não como o resto dos homens.

sábado, 25 de julho de 2009

PARA SEMPRE TEU, CAIO F.

Hoje, no fim da tarde, enquanto esperava a carona de um amigo para voltar do trabalho para casa, me abriguei da chuva e fiz uma hora na Livraria da Travessa do Ouvidor, no centro da cidade.
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Para passar o tempo, tomei dois cafés acompanhados de petit four, e aproveitei para ler trechos do livro da Paula Dip, Para sempre teu, Caio F.
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O livro reune cartas, bilhetes, conversas e memórias de Caio Fernando, recolhidos ao longo de uma amizade, que nasceu da convivência entre ambos nas redações das revistas em que trabalharam como jornalistas, nas décadas de 70 e 80.
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Traz ainda depoimentos de vários amigos, como Maria Adelaide Amaral, Adriana Calcanhoto, Joyce Pascowitch, Lya Luft, entre outros, que acompanharam de perto o mundo do 'Escritor da Paixão', como o definiu Lygia Fagundes Telles, até sua morte precoce, aos 47 anos, vítima de AIDS.
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Do pouco que li gostei tanto, que já o coloquei na lista das minhas leituras prioritárias. Com toda certeza, será o próximo!

quinta-feira, 23 de julho de 2009

MEU PRIMEIRO SELO

Recebi por indicação da amiga virtual Thaís, criadora do blog O Mundo by Thaís este meu primeiro selo. Repasso o mesmo para outros amigos, alguns que já me conhecem e outros não, cuja escolha foi motivada pela minha admiração e reconhecimento como leitora e seguidora dos seus blogs. Antes de postar a minha lista, transcrevo aqui as regras do jogo:

Regras para Postagem:

- Exiba a imagem do selo que você acabou de ganhar;
- Poste o link do blog que te indicou (muito importante);
- Indique 10 blogs de sua preferência, avise aos seus indicados e publique as regras;
- Confira se os blogs indicados repassaram o selo e as regras.

Meu dever de casa:

Bom, o selo já está exibido;
– Foi o blog O Mundo by Thaís que indicou o meu blog Velejando nas Letras;

Os 10 blogs que indico são:

segunda-feira, 20 de julho de 2009

BILLY E A SEGUNDA-FEIRA

Hoje é segunda-feira, a semana está apenas começando, e este é o Billy, meu cachorrinho maltês, que não se preocupa com os dias da semana, e que na semana passada tornou-se papai pela primeira vez de três filhotes machos. A família festejou o acontecimento com alegria. Billy, na sua majestosa pose, ignora completamente a sua nova condição de chefe de família. Tudo que o Billy quer é um colinho meu quando chego em casa!

quarta-feira, 15 de julho de 2009

CENTENÁRIO DO THEATRO MUNICIPAL DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO


Ontem, dia 14 de julho, enquanto na França comemorava-se o dia da Tomada da Bastilha, marco da Revolução Burguesa de 1789, a cidade do Rio de Janeiro comemorava o Centenário do Theatro Municipal.

Hoje, na volta do trabalho e passando em frente ao Theatro, foi possível visualizar o dourado reluzente das cúpulas, antes escondidas pela poeira, e resultado da obra de restauração pela qual está passando o prédio.

Inaugurado em 14 de julho de 1909 e tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico em 1973, o Theatro Municipal tem projeto arquitetônico de estilo eclético, de autoria de Francisco Oliveira Passos, com a colaboração de Albert Guilbert. O desenho do prédio foi inspirado na Ópera de Paris, construída por Charles Garnier. Todo o material utilizado na construção foi importado da Europa: mármores, ônix, bronze, cristais, espelhos, mosaicos, vitrais, maquinaria do palco. O Theatro ostenta uma ornamentação requintada com bronzes dourados, vitrais, lustres de cristal, mosaicos, colunatas, escadarias de mármore e grades projetadas em estilo “Art Noveau”.

O témino da obra está prevista para o mês de novembro, quando o Theatro será reaberto para o público e para que possamos desfrutar da beleza e do encantamento desse nosso patrimônio cultural.

Fontes: http://www.soarquitetura.com.br/

quinta-feira, 9 de julho de 2009

CLARICE POR CLARICE

A descoberta do amor
“[...] Quando criança, e depois adolescente, fui precoce em muitas coisas. Em sentir um ambiente, por exemplo, em apreender a atmosfera íntima de uma pessoa. Por outro lado, longe de precoce, estava em incrível atraso em relação a outras coisas importantes. Continuo, aliás, atrasada em muitos terrenos. Nada posso fazer: parece que há em mim um lado infantil que não cresce jamais.
Até mais que treze anos, por exemplo, eu estava em atraso quanto ao que os americanos chamam de fatos da vida. Essa expressão se refere à relação profunda de amor entre um homem e uma mulher, da qual nascem os filhos. [...] Depois, com o decorrer de mais tempo, em vez de me sentir escandalizada pelo modo como uma mulher e um homem se unem, passei a achar esse modo de uma grande perfeição. E também de grande delicadeza. Já então eu me transformara numa mocinha alta, pensativa, rebelde, tudo misturado a bastante selvageria e muita timidez.
Antes de me reconciliar com o processo da vida, no entanto, sofri muito, o que poderia ter sido evitado se um adulto responsável se tivesse encarregado de me contar como era o amor. [...] Porque o mais surpreendente é que, mesmo depois de saber de tudo, o mistério continuou intacto. Embora eu saiba que de uma planta brota uma flor, continuo surpreendida com os caminhos secretos da natureza. E se continuo até hoje com pudor não é porque ache vergonhoso, é por pudor apenas feminino.
Pois juro que a vida é bonita.”

Temperamento impulsivo
“Sou o que se chama de pessoa impulsiva. Como descrever? Acho que assim: vem-me uma idéia ou um sentimento e eu, em vez de refletir sobre o que me veio, ajo quase que imediatamente. O resultado tem sido meio a meio: às vezes acontece que agi sob uma intuição dessas que não falham, às vezes erro completamente, o que prova que não se tratava de intuição, mas de simples infantilidade.
Trata-se de saber se devo prosseguir nos meus impulsos. E até que ponto posso controlá-los. [...] Deverei continuar a acertar e a errar, aceitando os resultados resignadamente? Ou devo lutar e tornar-me uma pessoa mais adulta? E também tenho medo de tornar-me adulta demais: eu perderia um dos prazeres do que é um jogo infantil, do que tantas vezes é uma alegria pura. Vou pensar no assunto. E certamente o resultado ainda virá sob a forma de um impulso. Não sou madura bastante ainda. Ou nunca serei.”

Lúcida em excesso
“Estou sentindo uma clareza tão grande que me anula como pessoa atual e comum: é uma lucidez vazia, como explicar? assim como um cálculo matemático perfeito do qual, no entanto, não se precise. Estou por assim dizer vendo claramente o vazio. E nem entendo aquilo que entendo: pois estou infinitamente maior do que eu mesma, e não me alcanço. Além do quê: que faço dessa lucidez? Sei também que esta minha lucidez pode-se tornar o inferno humano — já me aconteceu antes. Pois sei que — em termos de nossa diária e permanente acomodação resignada à irrealidade — essa clareza de realidade é um risco. Apagai, pois, minha flama, Deus, porque ela não me serve para viver os dias. Ajudai-me a de novo consistir dos modos possíveis. Eu consisto, eu consisto, amém.”.

Ideal de vida
“Um nome para o que eu sou, importa muito pouco. Importa o que eu gostaria de ser.
O que eu gostaria de ser era uma lutadora. Quero dizer, uma pessoa que luta pelo bem dos outros. Isso desde pequena eu quis. Por que foi o destino me levando a escrever o que já escrevi, em vez de também desenvolver em mim a qualidade de lutadora que eu tinha? Em pequena, minha família por brincadeira chamava-me de ‘a protetora dos animais’. Porque bastava acusarem uma pessoa para eu imediatamente defendê-la.
[...] No entanto, o que terminei sendo, e tão cedo? Terminei sendo uma pessoa que procura o que profundamente se sente e usa a palavra que o exprima.
É pouco, é muito pouco.”

Escritora, sim; intelectual, não
“Outra coisa que não parece ser entendida pelos outros é quando me chamam de intelectual e eu digo que não sou. De novo, não se trata de modéstia e sim de uma realidade que nem de longe me fere. Ser intelectual é usar sobretudo a inteligência, o que eu não faço: uso é a intuição, o instinto. Ser intelectual é também ter cultura, e eu sou tão má leitora que agora já sem pudor, digo que não tenho mesmo cultura. Nem sequer li as obras importantes da humanidade.
[...] Literata também não sou porque não tornei o fato de escrever livros ‘uma profissão’, nem uma ‘carreira’. Escrevi-os só quando espontaneamente me vieram, e só quando eu realmente quis. Sou uma amadora?
O que sou então? Sou uma pessoa que tem um coração que por vezes percebe, sou uma pessoa que pretendeu pôr em palavras um mundo ininteligível e um mundo impalpável. Sobretudo uma pessoa cujo coração bate de alegria levíssima quando consegue em uma frase dizer alguma coisa sobre a vida humana ou animal.”

A síntese perfeita
“Sou tão misteriosa que não me entendo.”

A certeza do divino
“Através de meus graves erros — que um dia eu talvez os possa mencionar sem me vangloriar deles — é que cheguei a poder amar. Até esta glorificação: eu amo o Nada. A consciência de minha permanente queda me leva ao amor do Nada. E desta queda é que começo a fazer minha vida. Com pedras ruins levanto o horror, e com horror eu amo. Não sei o que fazer de mim, já nascida, senão isto: Tu, Deus, que eu amo como quem cai no nada.”

Viver e escrever
“Quando comecei a escrever, que desejava eu atingir? Queria escrever alguma coisa que fosse tranqüila e sem modas, alguma coisa como a lembrança de um alto monumento que parece mais alto porque é lembrança. Mas queria, de passagem, ter realmente tocado no monumento. Sinceramente não sei o que simbolizava para mim a palavra monumento. E terminei escrevendo coisas inteiramente diferentes.”
“Não sei mais escrever, perdi o jeito. Mas já vi muita coisa no mundo. Uma delas, e não das menos dolorosas, é ter visto bocas se abrirem para dizer ou talvez apenas balbuciar, e simplesmente não conseguirem. Então eu quereria às vezes dizer o que elas não puderam falar. Não sei mais escrever, porém o fato literário tornou-se aos poucos tão desimportante para mim que não saber escrever talvez seja exatamente o que me salvará da literatura.
O que é que se tornou importante para mim? No entanto, o que quer que seja, é através da literatura que poderá talvez se manifestar.”
“Até hoje eu por assim dizer não sabia que se pode não escrever. Gradualmente, gradualmente até que de repente a descoberta tímida: quem sabe, também eu já poderia não escrever. Como é infinitamente mais ambicioso. É quase inalcançável”.

A importância da maternidade
“Há três coisas para as quais eu nasci e para as quais eu dou minha vida. Nasci para amar os outros, nasci para escrever, e nasci para criar meus filhos. O ‘amar os outros’ é tão vasto que inclui até perdão para mim mesma, com o que sobra. As três coisas são tão importantes que minha vida é curta para tanto. Tenho que me apressar, o tempo urge. Não posso perder um minuto do tempo que faz minha vida. Amar os outros é a única salvação individual que conheço: ninguém estará perdido se der amor e às vezes receber amor em troca [...].”

Viver plenamente
“Eu disse a uma amiga:
— A vida sempre superexigiu de mim.
Ela disse:
— Mas lembre-se de que você também superexige da vida.
Sim.”

Um vislumbre do fim
“Uma vez eu irei. Uma vez irei sozinha, sem minha alma dessa vez. O espírito, eu o terei entregue à família e aos amigos com recomendações. Não será difícil cuidar dele, exige pouco, às vezes se alimenta com jornais mesmo. Não será difícil levá-lo ao cinema, quando se vai. Minha alma eu a deixarei, qualquer animal a abrigará: serão férias em outra paisagem, olhando através de qualquer janela dita da alma, qualquer janela de olhos de gato ou de cão. De tigre, eu preferiria. Meu corpo, esse serei obrigada a levar. Mas dir-lhe-ei antes: vem comigo, como única valise, segue-me como um cão. E irei à frente, sozinha, finalmente cega para os erros do mundo, até que talvez encontre no ar algum bólide que me rebente. Não é a violência que eu procuro, mas uma força ainda não classificada mas que nem por isso deixará de existir no mínimo silêncio que se locomove. Nesse instante há muito que o sangue já terá desaparecido. Não sei como explicar que, sem alma, sem espírito, e um corpo morto — serei ainda eu, horrivelmente esperta. Mas dois e dois são quatro e isso é o contrário de uma solução, é beco sem saída, puro problema enrodilhado em si. Para voltar de ‘dois e dois são quatro’ é preciso voltar, fingir saudade, encontrar o espírito entregue aos amigos, e dizer: como você engordou! Satisfeita até o gargalo pelos seres que mais amo. Estou morrendo meu espírito, sinto isso, sinto...”

Textos extraídos do livro Aprendendo a viver, Clarice Lispector. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2004.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

A ARTE DE LER

Na semana passada fui à Livraria Saraiva da Rua do Ouvidor comprar papel tamanho ofício para o meu trabalho e acabei saindo de lá com dois livros novos. Um deles, "A Arte de Ler", do autor francês Émile Faguet (1847-1916), membro da Academia Francesa em 1911 e intelectual, que assinou escritos famosos sobre La Fontaine, Flaubert, Freud, Nietzsche, Honoré de Balzac e Jean-Jacques Rousseau, entre outras obras com enfoque político e moral sobre liberalismo, socialismo, pacifismo e feminismo.

"A arte de ler" trata do gosto pela leitura, de técnicas que servem para que todo prazer decorrente dessa atividade seja bem aproveitado.

A palavra ler, que vem do latim legere, significa ao mesmo tempo ler e colher, por isso Faguet define a leitura como A Arte de Colher Idéias.

O outro livro que comprei foi "CARTA PARA VOCÊ - Declarações de Amor em Tempos Modernos".

Trata-se de uma coletânea de cartas de amor criadas, a pedido dos editores Joshua Knelman e Rosalind Porter, por alguns dos mais importantes escritores da nova geração, para dar vida a um costume que parece ter sido esquecido.

Este ainda não comecei a ler, mas posteriormente comentarei e deixarei aqui a minha impressão. Preciso antes terminar a leitura de "A Arte de Ler", que está apenas no começo.

Para finalizar, como diz Émile Faguet:

"E assim, a leitura, um dos mais seguros instrumentos de progresso intelectual, é o elixir que impede aos homens transformar-se em animais."