"O meu mundo é pequeno, senhor
Tem um rio e um pouco de árvores
Nossa casa foi feita de costas para o rio
Formigas recortam roseiras da avó
No fundo do quintal há um menino
E suas latas maravilhosas
Seu olho enxerga o azul
Todas as coisas deste quintal já são comprometidas com aves
Aqui, quando o horizonte enrubesce um pouco
Os besouros pensam que estão em um incêndio
Quando um rio está começando
Um peixe me coisa
Ele me rã
Ele me árvore
De tarde um velho tocará a sua flauta para inverter os acasos."
( Manoel de Barros)
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
Últimas palavras de Zilda Arns

Zilda Arns no discurso a uma plateia de 150 pessoas na Assembléia da Conferência dos Religiosos, realizada em Porto Príncipe, momentos antes do terremoto que desvastou o Haiti.
Fonte: http://www.pastoraldacrianca.org.br/
Haiti
Não tenho palavras diante de tamanha tragédia e devastação. Resta ao mundo unir todas as suas forças para socorrer o Haiti.
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
Dalva e Herivelto


quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Dia de Reis

A designação "Mago" era dada, entre os orientais, à classe dos sábios ou eruditos. Ignora-se a proveniência dos Reis Magos, mas supõe-se que fossem da Arábia, tendo em conta os presentes ofertados ao Menino Jesus: ouro, incenso e mirra, isto é, prendas que simbolizavam a realeza, a divindade e a imortalidade do novo Rei.
Segundo a tradição, um era negro (africano), o outro branco (europeu) e o terceiro moreno (assírio ou persa) e representavam toda a humanidade conhecida daquela época."
Fonte: www.universia.com.br
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
Ano Novo

Neste final de ano também não fiz a minha lista de resoluções para 2010. Até pensei em fazê-la, mas não consegui me concentrar depois das tristes notícias assistidas pela televisão. Faltou inspiração. Fico, então, com a Receita de Ano Novo de Carlos Drummond de Andrade, nosso consagrado poeta.
Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)
Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.
.
Esta poesia é parte da correspondência de Drummond a Lázaro Barreto. Texto extraído do "Jornal do Brasil", Dezembro/1997.
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