quarta-feira, 9 de setembro de 2009

MATISSE - O Gênio das Cores

Henri Matisse (1869-1954), ‘o gênio das cores’, no ano de 1908 causou raiva e confusão com suas telas de cores intensas, violando todas as convenções da arte tradicional.

Convidado por uma revista a explicar-se, Matisse redigiu um curto texto, intitulado "Notas de um pintor", em que afirmava: "Sonho com uma arte de equilíbrio, de pureza, de tranquilidade, sem temas inquietantes ou preocupantes, uma arte que seja, para qualquer trabalhador cerebral, quer o homem de negócios, quer o homem cultivado, um lenitivo, um calmante mental, algo como uma boa poltrona onde ele possa relaxar do cansaço físico".

Para o público da época, o texto soou como uma provocação, enquanto Matisse, desprovido de qualquer ironia, demonstrou ao longo da sua trajetória que, para ele, uma boa obra de arte era aquela capaz de transmitir equilíbrio e serenidade às pessoas.

É um engano imaginar que a luz e a cor transbordantes das telas de Matisse refletem uma vida sem dores. "Meu papel é apaziguar. Porque, de minha parte, eu também preciso de apaziguamento", disse.

"Gostaria de captar o frescor da visão característica da juventude, quando tudo no mundo é novo", comentou certa vez.

No dia 5 deste mês de setembro, a Pinacoteca do Estado, em São Paulo, inaugurou a exposição Matisse Hoje – a primeira individual do artista no Brasil, com 93 itens, entre pinturas, desenhos, esculturas e gravuras. A mostra faz parte das comemorações do Ano da França no Brasil.

Distribuída pelas sete salas do museu, a exposição destaca todas as fases da produção do artista francês, começando pelas paisagens do início da carreira, perto de 1890, e finalizando com seus "papiers découpés", os papéis recortados a que Matisse se dedicou no fim da vida.

Vistas lado a lado, as criações demonstram a estabilidade de sua trajetória. "Os recortes são uma fase interessante porque Matisse já é um senhor na época em que os inventa. Ele não teve um momento de glória, de auge, e depois decaiu. Ele foi se renovando. Criou uma nova técnica mesmo", diz Regina Teixeira de Barros, que presta assistência de curadoria na exposição.

Um programa imperdível e da maior importância em época vindoura de primavera!


Fontes pesquisadas:

Revista Veja – Matéria assinada por Carlos Graieb e Marcelo Marthe
Revista Bravo – Matéria assinada por Por Gisele Kato

8 comentários:

  1. Puxa, muito legal essa exposição, pena que não vem a POA. abs.

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  2. Injustiça!
    Este blog foi fechado pelo wordpress a mando da poderosa Petrobrás, visitem os restos mortais
    http://petrobrasdadosefatos.wordpress.com/
    Hoje foi ele amanhã seremos nós!

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  3. Maravilhoso! Pena mesmo que não vem a Porto Alegre...

    Bj,

    Claudia

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  4. Angela, fiquei muito honrada com a indicação, muito obrigada! bjinho

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  5. Angela,

    Retribuí a gentileza e listei o Velejando no Mosaicos... Adorei o post sobre a exposição. Volto sempre que tiver novidades!

    Beijo

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  6. Angela, está começando a Bienal do Livro aí no Rio né? Estava louca para ir, mas não vai dar. Mande notícias a respeito para gente nos seus posts. bj

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  7. Que surpresa boa a sua presença aqui!
    Também te amo.

    Angela

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